A ergonomia é um tema central quando se trata da saúde e segurança no trabalho.
Ela busca adaptar as condições laborais às características físicas e psicológicas dos trabalhadores. Com isso, seu objetivo é reduzir os riscos de lesões, além de melhorar a qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Nesse contexto, a Norma Regulamentadora 17 (NR 17) desempenha um papel importante junto às empresas de todos os portes, especialmente aquelas preocupadas em promover um ambiente seguro e saudável para seus colaboradores.
O que é ergonomia?
A ergonomia se concentra em adaptar o ambiente de trabalho e as tarefas às necessidades e capacidades dos trabalhadores.
Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO), é uma ciência que aborda problemas que geralmente são complexos e interconectados, utilizando uma abordagem abrangente para integrar teorias, princípios e dados de diversas áreas do conhecimento.
Ao considerar fatores físicos, ambientais, cognitivos e organizacionais, essa disciplina busca otimizar as interações entre as pessoas, as ferramentas, o ambiente e a tecnologia, promovendo um equilíbrio saudável e seguro nas atividades realizadas.
Isso inclui desde o design de produtos e equipamentos até a organização do trabalho, sempre com o objetivo de melhorar a eficiência e o bem-estar dos trabalhadores.
Entendendo a NR 17
A NR 17 foi estabelecida pela Portaria SIT nº 787, de 28 de novembro de 2018 e se relaciona diretamente com o conceito de ergonomia.
Trata-se de uma norma geral que define parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores.
Em outras palavras, essa norma orienta as empresas a ajustarem o ambiente de trabalho de maneira que ele não cause danos à saúde física e mental dos funcionários.
Sendo assim, a aplicação da NR 17 visa garantir que os trabalhadores realizem suas atividades de forma segura, evitando posturas inadequadas, esforços excessivos e movimentos repetitivos que comprometam sua saúde.
Para tanto, a norma exige que as empresas realizem uma avaliação ergonômica preliminar das condições de trabalho, identificando situações que demandam ajustes para prevenir riscos.
A importância da avaliação ergonômica
Quando se fala em ergonomia no ambiente de trabalho, a avaliação ergonômica é uma etapa primordial, pois é a partir dela que se torna possível identificar os riscos presentes no local.
Tal procedimento analisa as condições em que as tarefas são realizadas para então recomendar medidas de prevenção e evitar que os trabalhadores fiquem expostos a situações prejudiciais, como:
- Posturas extremas ou nocivas do tronco, pescoço, cabeça e membros.
- Movimentos bruscos e repetitivos dos membros superiores.
- Uso excessivo de força muscular.
- Exposição a vibrações.
- Exigência cognitiva elevada.
Com base nessa avaliação, as empresas devem implementar medidas de prevenção que podem incluir: pausas para recuperação psicofisiológica, alternância de atividades, modificação da organização das tarefas e outras soluções técnicas recomendadas.
Benefícios da ergonomia para empresas e colaboradores
Após compreender o conceito de ergonomia, bem como os objetivos da NR 17, fica mais claro entender que o investimento em ergonomia vai além do cumprimento das exigências previstas na legislação, certo?
Tal cuidado reflete um compromisso da empresa com o bem-estar dos seus colaboradores. Além disso, um ambiente de trabalho ergonomicamente adequado não só previne doenças ocupacionais como também melhora a produtividade e a satisfação dos trabalhadores.
Nesse sentido, as organizações que adotam práticas ergonômicas efetivas demonstram responsabilidade social e uma atenção especial com suas equipes, detalhes que podem resultar em uma maior harmonia no ambiente laboral, além de redução de custos relacionados a afastamentos e tratamentos médicos.
A aplicação da NR 17 em diferentes tamanhos de empresas
A NR 17 se aplica a empresas de todos os portes, mas com algumas particularidades.
As Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP) e os Microempreendedores Individuais (MEI), por exemplo, quando enquadrados nos graus de risco 1 e 2, não são obrigados a elaborar a Avaliação Ergonômica do Trabalho (AET), mas devem cumprir os demais requisitos da norma.
Entretanto, mesmo para essas empresas menores, a atenção à ergonomia é essencial. Afinal, vimos que implementar medidas preventivas pode ser a diferença entre um ambiente de trabalho seguro e um que coloca a saúde dos trabalhadores em risco.
Leia também: O que é NR 35? Por dentro das medidas de segurança para trabalho em altura
Como a Multimed pode ajudar?
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